Após dois meses do desastre em Mariana (MG), as empresas Samarco, Vale e VogBR foram indiciadas pela Polícia Federal por crime ambiental provocado pelo rompimento da barragem de Fundão, que devastou o distrito de Bento Rodrigues. Mais sete outros executivos também foram indiciados pela PF.

(Foto: Márcio Fernandes/Estadão)

De acordo com informações do Estadão, o indiciamento da PF foi emitido por poluição ambiental em proporções que afetam o convívio humano. O rompimento da barragem, além de poluir o Rio Doce e matar parte da fauna e flora da região, deixou sem água cidades de Minas Gerais e Espírito Santo. O desastre matou 17 pessoas e duas continuam desaparecidas.

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Em nota, a Vale se mostrou surpresa com o indiciamento. Para a empresa, as causas do acidente ainda não foram tecnicamente atestadas e continuam sendo desconhecidas. A Samarco também se mostrou contrária ao indiciamento. A VogBR, empresa que atestou a estabilidade da barragem que rompeu, ainda não se manifestou sobre o caso.

PLANO DE EMERGÊNCIA

Na última terça feira (12), dois meses após o acidente, a Samarco entregou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais um plano de emergência em caso de rompimento de outras duas barragens, também em Mariana. Por determinação do Ministério Público Estadual, o plano deveria ter sido entregue na última segunda feira (11). A multa por atraso é de R$ 1 milhão por dia.