Um grupo de pesquisadores do Projeto Tamar encontrou espécies de peixes raros no litoral Norte da Bahia. Entre eles estão um tubarão de um meio metro e um peixe cabeça de geleia, que, até agora, nunca tinham sido vistas no Atlântico Sul.

Reprodução/Projeto Tamar

De acordo com uma reportagem do Jornal Hoje, ao todo, foram dez espécies encontradas pela equipe.  Quatro delas são novidades para todo o mundo.

Os peixes foram capturados entre 200 e 1.200 metros de profundidade. Muitos chegaram à superfície mortos, mas alguns sobreviveram e foram levados para a base do Tamar de Praia do Forte, onde ganharam um espaço escuro e frio, como no fundo do mar.

O peixe cabeça de geleia era desconhecido até pouco tempo atrás. Ele foi descoberto por uma equipe do Tamar durante testes com anzóis circulares. Os testes vêm sendo feitos desde 2009, em águas profundas, em frente ao litoral norte da Bahia.

O ‘tubarãozinho’ foi um dos primeiros capturados. Adulto, mede cerca de 50 centímetros. Segundo os pesquisadores, é uma espécie dócil. Além de manter os tubarõezinhos vivos, os biólogos conseguiram também fazer com que eles se reproduzissem em cativeiro. “Se adaptaram tão bem a viver nesse espaço que eles se reproduziram. Já nasceram mais de cinquenta filhotinhos”, fala o biólogo do Tamar Gonzalo Rostan.

Reprodução/Projeto Tamar

A barata gigante do mar também é outro bicho raro de ser visto nesta região. O crustáceo pode viver a dois mil metros de profundidade. “Ele se alimenta de animais que chegam mortos ao fundo dos oceanos”, explica a bióloga Flávia Almeida.

Outra espécie encontrada foi a do peixe-bruxa, que vive a mais de mil metros de profundidade. Ele tem um corpo alongado, como uma enguia. O crânio é cartilaginoso e possui uma narina única. “É o mais primitivo dos peixes. É um animal que não tem olhos. Para se defender dos predadores, ele solta um muco na água”, completa a bióloga.

Assista a reportagem completa do JH aqui.

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