O músico Ben Mirin realiza suas criações usando a vocalização de algumas das 103 espécies de lêmures que vivem no planeta. Mirin, que é autodidata e atua também como jornalista especializado em ciência, espera que os apreciadores da sua música possam se reconectar com a natureza, bem como conhecer mais sobre os animais que o ajudam a construir este novo som.

Observador de pássaros de longa data, o jovem usava somente o canto destes animais em suas músicas, até que em 2014 ele conheceu Patricia Wright, uma primatologista que o apresentou aos lêmures. “Quando ele me disse que vinha usando o canto dos pássaros em sua música eu pensei ‘que vergonha…Lêmures fazem sons muito mais interessantes’.”

https://soundcloud.com/benmirin/gardeners-lemur-songs-and-beatbox

Wright, que hoje atua na área acadêmica, trabalhou com os animais raros em Madagascar por mais de 30 anos, e tem uma extensa biblioteca digital dos sons capturados na época que estava em campo. Intrigado, Mirin visitou Wright e seus alunos, em Stony Brook University, em Nova York, onde ele conheceu o chamado dos lêmures, e ali nasceu uma nova forma de beat-box.

O músico também já usou o som de rãs, lagartos e até mesmo formigas em seu beat-box, e você pode ouvir dos animais por trás de cada batida. Os lêmures, em especial, produzem as mais variadas formas de comunicação, como assobios, uivos, e até latidos, aumentando as possibilidades de trabalho de Mirin.

Das 103 espécies e subespécies de lêmures conhecidas, mais da metade está criticamente em perigo ou ameaçadas de extinção, segundo a União Internacional de Conservação da Natureza, principalmente por conta da perda de habitat e caça ilegal.

“Eu estou dando às pessoas a música como uma porta de entrada para apreciar, se reconectar com, e compreender a vida selvagem e o mundo natural”, diz o músico.

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