A migração das borboletas monarcas

As borboletas monarcas são conhecidas por suas longas migrações anuais durante o inverno, o que gera um dos mais bonitos fenômenos entre os animais. De todas as espécies de borboletas catalogadas, é a única espécie conhecida que faz migrações anuais norte-sul, semelhantes como algumas espécies de aves fazem.

A maioria das Monarcas migram para o Sul, para o santuário da Reserva da Biosfera Mariposa Monarca no estado mexicano de Michoacán. Essas borboletas se reúnem em colônias agrupando-se em pinheiros e árvores coníferas. Em muitos casos, são tão numerosas que as árvores ficam cor de laranja e os galhos de algumas plantas menores envergam com o peso de tantas borboletas.

Contudo, mesmo que esse santuário esteja localizado na região central do México, a altitude torna a área suscetível a baixas temperaturas e congelamento durante a noite. Se o tempo estiver muito frio, muitas acabam morrendo.

De acordo com o portal americano Amusing Planet, uma das razões das borboletas se reunirem tão densamente em árvores é para conservar o calor. Ao amanhecer, as borboletas abrem as suas asas para pegar os raios quentes do sol. Quando as temperaturas estão quentes o suficiente durante o dia, as borboletas levantam voo em massa para se acasalarem.

Nessas migrações esses incríveis animais percorrem cerca de 4.000 km. A duração dessas jornadas excede o tempo de vida normal da maioria das monarcas, que é menos de dois meses para as borboletas nascidas no início do verão.

As borboletas-monarcas são um dos poucos insetos capazes de fazer travessias transatlânticas. Além disso, são venenosas ou de gosto desagradável para aves e mamíferos devido à presença de glicosídeos cardíacos que estão contidos em plantas do gênero Asclepias consumidas pela larva.

Apesar de tudo, biólogos do mundo todo estão preocupados com a extinção da migração desses animais. Isso porque as regiões para as quais as borboletas migram está constantemente sendo desmatada.