Algumas espécies de lagartos do gênero Cnemidophorus são conhecidas por suas fêmeas conseguirem se reproduzir sem a necessidade de ter um parceiro macho, o que gerou o mito que eles não existiam mais na espécie. Esse tipo de reprodução é chamada de partenogênese, que se refere ao crescimento e desenvolvimento de um embrião sem fertilização.

Reprodução/Ash Canyon/Arizona/Julho 2006

Os lagartos da espécie Cnemidophorus uniparens são conhecidos por este tipo de reprodução, que são compostas por fêmeas-clones que forjam um acasalamento, estimulando a ovulação. Contudo, foi comprovado que a origem desses lagartos é resultado da reprodução entre uma fêmea e um macho de espécies diferentes do gênero Cnemidophorus, o que gera descendente triploides (com três cromossomos).

Fêmeas forjam acasalamento para estimular a ovulação. Reprodução/Planetebio

A habilidade desses animais gerou o mito que os machos da espécie simplesmente pararam de existir, o que na verdade, não acontece. Este tipo de reprodução é associada a ambientes isolados como ilhas. Na maioria dos casos, a partenogénese é apenas uma possibilidade eventual, sendo a reprodução com contribuição gênica paterna a mais comum. Logo, as fêmeas da espécie não abandonaram os machos.

CASO MAIS RECENTE

Wikimedia Commons

Em 2006 foi registrado, pela primeira vez, um caso de partenogênese em uma fêmea de dragão-de-komodo, no Zoológico de Chester, no Reino Unido. O caso foi revelado em uma reportagem do The Guardian. Até então, casos de partenogênese não haviam sido registrados em dragões-de-komodo.

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