Um novo tipo de mecânica barata e com princípios ecológicos foi desenvolvida por cientistas note-americanos recentemente. A criação se trata de um motor onde se usa a energia da evaporação da água para operar a parte interna do material O estudo que deu base ao desenvolvimento foi divulgado nessa terça feira (26), na revista científica Nature.

Protótipo de carro com motor movido ao vapor
(Foto/Divulgação: Nature Communications/Columbia University)

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York, e da Universidade Loyola, em Chicago, fabricou dois pequenos gadgets experimentais que funcionam de maneira autônoma na presença da umidade do ar. A chave da experiência, segundo o estudo, é o uso de inofensivos esporos bacterianos – pequenas unidades esféricas que se formam no interior de uma célula bacteriana.

“Até agora conseguimos capturar a energia da água que desce das nuvens, agora queremos capturar a energia da evaporação da água a partir do ar, na atmosfera”, explicou Ozgur Sahin, da Universidade de Columbia e co-autor do estudo, em um vídeo transmitido pela Nature.

Segundo Sahin, o processo funciona com os esporos inflando com a umidade e encolhendo uma vez secos. Este movimento de inchaço/retração é o motor da energia.

“Esse processo é muito poderoso, (mas) até agora não fomos capazes de capturar essa energia de forma eficiente”, afirmou.

FUNCIONAMENTO
Para o estudo, a equipe construiu pequenos motores com finas tiras de plástico revestidas de esporos, que abastecem um carro muito pequeno e diodos emissores de luz (LED). Se expostos à umidade, os esporos expandem e fazem com que as tiras de plástico se movimentem. Elas se contraem muito rapidamente quando a fonte de umidade é removida. Este movimento para trás e para a frente pode movimentar as rodas e os pistões.

Protótipo de carro com motor movido a vapor
Protótipo de carro com motor movido a vapor (Foto/Divulgação: Nature Communications/Columbia University)

“Quando você monta muitas, muitas tiras juntas, aumenta a força que elas produzem”, declarou o pesquisador.

Apesar de ser um motor que pode revolucionar a mecânica contra a emissão de gases na natureza, por exemplo, esta técnica ainda é experimental. Porém, a expectativa é que um dia o material possa ser usado para próteses ou membros de robôs, baterias e geradores de energia.

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