Cientistas japoneses afirmaram ter feito uma descoberta rara no Brasil: pelo menos quatro espécies de insetos do gênero Neotrogla onde a fêmea possui um apêndice inflável, equivalente ao pênis, e os machos possuem aberturas parecidas com vaginas. Além disso, os machos que são penetrados pelas fêmeas, que sugam esperma e alimento (fluidos seminais nutritivos).

Inseto com sexo invertido
Órgão feminino é inserido no macho para sugar esperma e comida (Foto: Kazuniro Yoshizawa/BBC)

Esta é a primeira descoberta na história de animais com sexo invertido. Além do fato curioso, o acasalamento destes animais dura de 40 a 70 horas. O estudo foi divulgado na revista Current Biology. “Apesar da inversão do papel sexual já ter sido identificada em vários animais, o Neotrogla é o único exemplo em que o órgão sexual também é trocado”, disse o principal autor do estudo, Kazunori Yoshizawa, da Universidade de Hokkaido, no Japão.

Inseto do gênero Neotrogla
Foto: Currente Biology/Reprodução

Os insetos com sexo invertido foram encontrados em cavernas de Minas Gerais, Bahia e Tocantins. O pênis da fêmea é chamado de “gynosome”.

Uma vez dentro do macho, a parte membranosa do “gynosome” se infla e, com inúmeros espinhos, mantém os dois insetos grudados.

De acordo com a pesquisa, quando os pesquisadores tentaram separar o macho da fêmea, o abdômen dele foi arrancado do tórax sem quebrar o acoplamento genital.

Essa inversão incomum de papéis pode ter sido impulsionada pelo ambiente pobre de recursos em que os animais vivem, especulam os pesquisadores. Nesse caso, a fêmea aproveita o acasalamento também para se alimentar.

20 COMENTÁRIOS

  1. é, legal, mas devemos prestar atenção em outro detalhe também: “Cientistas japoneses afirmaram ter feito uma descoberta rara no Brasil”… até quando isso vai acontecer? precisamos ter força científica, para sermos reconhecidos e valorizados como merecemos…

    • Concordo Camila, a pesquisa neste país não é levada a sério pelos governos. Daí resulta nisso: pesquisadores de outros países têm mais conhecimento sobre nós que nós mesmos.

  2. Na verdade isso foi descoberto em 2010. Existe um artigo que fala sobre isso, ou seja, isso não é tão novo como a matéria informa. O nome do artigo é “A new genus of Sensitibillini from Braziian caves (Psocodea:Psocoptera:Prionoglarididae)” e inclusive, tem participação de da universidade Federal de Lavras, MG. Mas por quê essa matéria sói saiu agora e com nomes de japoneses na história?? Não, não são só os de fora quem descobrem as coisas, existe muito trabalho sendo feito aqui, mas quem dá valor?

  3. Existe pessoas muito qualificada aqui no brasil… o problem e que nossa presidenta nao da a verba de qualidDe para fazer essas pesquisas…. e nao da um salario digno para quem pesquisa… e como a mao de obra das pessoas de fora se tornan mais barata quem ganha o credito sao eles……

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