Sete novas espécies de pequenos sapos são descobertas no Brasil

Cientistas descobriram sete novas espécies de pequenos sapos na Mata Atlântica brasileira. Os animais, que vivem no topo de montanhas isoladas no Paraná e em Santa Catarina e tem tamanho menor que uma unha de um humano adulto, pertencem ao gênero ‘Brachycephalus’, um grupo conhecido desde os anos 1800 por habitar as florestas do extremo sul do Brasil.

A pesquisa que comprovou a descoberta, relatada no último dia 4 na revista PeerJ, foi desenvolvida por professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O trabalho afirma que as descobertas foram fruto de cinco anos de pesquisas diferentes em áreas montanhosas.

De acordo com informações do portal americano Live Science, o que levou a descoberta destas novas espécies foi a suspeita de que mais destes animais poderiam viver escondidos entre as montanhas das serras paranaenses e catarinenses.

Segundo o líder do estudo, Marcio Pie, da UFPR, todos os novos 7 sapos descobertos possuem menos de 0,4 polegadas (1 centímetro) de comprimento e eles tem em uma variedade de cores brilhantes. Como em outras espécies, as cores fortes indicam as neurotoxinas na pele dos sapos, observam os pesquisadores.

O novo ‘Brachycephalus mariaeterezae‘, por exemplo, é laranja brilhante, com leve manchas azuis ao longo de sua espinha dorsal. A espécie ‘Brachycephalus olivaceus’, fiel ao seu nome, é a cor de uma azeitona marrom-esverdeada. Brachycephalus auroguttatus ostenta uma coloração amarelo brilhante que se desvanece para membros marrons.

O ‘Brachycephalus verrucosus’ é laranja com pedaços que variam entre o acastanhado e verde. O ‘Brachycephalus fuscolineatus’ também tem a pele amarela e uma listra verde e marrom escuro para baixo de suas costas. Outra espécie descoberta é a ‘Brachycephalus leopardus’, que recebe este nome por conta de sua pele amarela coberta com manchas escuras. Finalmente, a última espécie catalogada foi a ‘Brachycephalus boticario’, que é laranja com mais tons mais escuros.

“Esse sucesso na descoberta de novas espécies pode indicar que o número total de Brachycephalus ainda é subestimado,” Pie e seus colegas declararam na PeerJ.