Não é difícil de encontrar na Internet vídeos e relatos de pessoas que registraram formigas andando em círculo até morrerem de exaustão. O comportamento estranho, para alguns, tratava-se de um mito ou um caso isolado, mas pesquisadores já provaram que esse fenômeno, conhecido como “Círculo da morte”, pode realmente acontecer.

Uma reportagem da National Geographic revelou que os casos mais comuns registrados desse comportamento estão entre as formigas-correição.

O som da marcha quebra o silêncio na mata. Os animais ficam agitados e começam a fugir. De repente, uma onda negra cobre o chão da floresta. São as formigas-correição.

Foto: Fábio Paschoal

Como para outras formigas, a visão não tem uma grande importância na vida desses insetos. Elas são cegas (ou praticamente cegas, dependendo da espécie) e se comunicam através de substâncias químicas chamadas feromônios, que servem para indicar o caminho para os insetos.

Quando uma correição sai para caçar, ela deixa uma trilha de feromônio que pode ser seguida por outras formigas da mesma espécie. Se acham comida pelo caminho, o rastro é reforçado pelas operárias que se dirigem até o local. No momento em que o suprimento de alimento acaba, os insetos param de remarcar a trilha e o cheiro é dissipado.

No processo, algumas formigas podem acabar se perdendo e, para se reconectar com o grupo, procuram por uma trilha de feromônio. Mas, nessa jornada, podem acabar encontrando o próprio rastro e assim terminar andando em círculos – até morrem de exaustão. O fenômeno é mais comum em áreas abertas, onde o cheiro se dissipa mais rapidamente do que na floresta e as chances das formigas perderem a trilha original aumenta.

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