Pesquisadores da Universidade do Arizona, de Helsinki, de Jyväskylä e da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida fizeram uma descoberta que mostram que as abelhas ‘vacinam’ seus filhotes logo após o nascimento, os protegendo contra doenças que são comumente encontradas no meio onde vivem.

(Foto: reprodução/Wikimedia Commons)

De acordo com informações divulgadas pela Universidade do Arizona, a descoberta foi feita depois que os pesquisadores estudaram uma proteína encontrada no sangue das abelhas chamada vitelogenina. Os cientistas descobriram que esta proteína desempenha um papel fundamental, mas até então desconhecida, no fornecimento de proteção contra algumas doenças para os bebês-abelhas.

“O processo pelo qual as abelhas transferem imunidade para seus bebês era um grande mistério até agora. O que descobrimos é que ele não é tão simples como comer”, disse Gro Amdam, co-autor do estudo. “Nossa descoberta foi possível por causa de 15 anos de pesquisa básica sobre vitelogenina. Isso mostra como investimentos em pesquisas a longo prazo valem a pena”.

COMO FUNCIONA
Em uma colônia de abelhas, a rainha raramente deixa o ninho, por isso abelhas operárias devem trazer comida para ela. Essas abelhas, por sua vez, podem adquirir patogenos no ambiente durante a coleta de pólen e néctar. De volta à colméia, as abelhas operárias usam este mesmo pólen para criar “geléia real” – um alimento feito exclusivamente para a rainha, que inclusive contém bactérias do ambiente externo.

Depois de comer estas bactérias, os agentes patogênicos são digeridos no intestino e transferidos para uma cavidade do corpo do animal; lá eles são armazenados em uma espécie de ‘gordura corporal’ da rainha – em um órgão semelhante a um fígado. Pedaços dessas bactérias são então imersos em vitelogenina – a proteína descoberta – e transportado através do sangue para os ovos em desenvolvimento. Devido a isso, os bebês de abelhas estão ‘vacinados’ e os seus sistemas imunológicos mais bem preparados para lutar contra doenças encontradas em seu ambiente logo que nascem.

Caso a pesquisa siga adiante, vacinas desenvolvidas a partir dessa descoberta poderiam desempenhar um papel importante para ajudar a combater a desordem no colapso das colônias, além de combater uma variedade de doenças também em outros insetos.

16 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor informe seu comentário!
Por favor informe seu nome aqui