O rompimento das barragens de Fundão e Santarém, ocorrido no início deste mês na unidade industrial de Germano, em Mariana (MG), já aponta estragos que serão sentidos, pelo menos, por 100 anos. Além de deixar várias pessoas mortas e desaparecidas, a lama atingiu diretamente o Rio Doce, quinta maior bacia hidrográfica brasileira, que, segundo especialistas, não deve se recuperar tão cedo do desastre.
Para o biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz (ES), algumas espécies de animais e vegetais, endêmicas de Minas Gerais, serão dadas como extintas em decorrência do desastre. Como agravante, o acidente aconteceu no período de reprodução de vários peixes.
“É o maior desastre ambiental da história do país”, disse em entrevista a Folha de S. Paulo.
Pelo Facebook, Ruschi comentou sobre o impacto do acidente em três Unidades de Conservação, em particular o Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz, um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano Atlântico.
“O fluxo de nutrientes de toda a cadeia alimentar de 1/3 da região sudeste e o eixo de ½ do Oceano Atlântico Sul está comprometido e pouco funcional por no mínimo 100 anos”. Para ele, o incidente pode ser considerado o “assassinato da quinta maior bacia hidrográfica brasileira”.
Em outro depoimento, Ruschi menciona o descaso da Samarco, mineradora responsável pelas barragens, que, segundo ele, já apresentava falhas de administração desde a criação do projeto das barragens.
“Barragens e lagoas de contenção de dejetos necessitam ter barragens de emergência e plano de contingência. Como licenciar o projeto sem estes quesitos cumpridos?”
Veja, abaixo, parte do depoimento de Ruschi, que menciona os estragos sofridos pela natureza com o rompimento das barragens. Para ler o depoimento na íntegra, clique aqui.
“Esta sopa de lama tóxica que desce no rio Doce e descerá por alguns anos toda vez que houver chuvas fortes e irá para a região litorânea do ES, espalhando-se por uns 3.000 km2 no litoral norte e uns 7.000 km2 no litoral ao sul, atingindo três Unidades de Conservação marinhas – Comboios, APA Costa das Algas e RVS de Santa Cruz, que juntos somam uns 200.000 km no mar.
Os minerais mais tóxicos e que estão em pequenas quantidades na massa total da lama, aparecerão concentrados na cadeia alimentar por muitos anos, talvez uns 100 anos.
RVS de Santa Cruz é um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano Atlântico.
Um hectare de criadouro marinho equivale a 100 quilômetros de floresta tropical primária. Isto significa que o impacto no mar equivale a uma descarga tóxica que contaminaria uma área terrestre de de 20 milhões de hectares ou 200 mil km2 de floresta tropical primária. E a mata ciliar também tem valor em dobro.
Considerando as duas margens, são 1.500 km lineares x 2 = 3.000 km2 ou 300 mil hectares de floresta tropical primária.
Vocês não fazem ideia”.
SITUAÇÃO ATUAL
Desde o primeiro dia da tragédia em Minas Gerais, o Rio Doce não pode ter sua água captada e o abastecimento da região foi suspenso, deixando mais 500 mil pessoas com as torneiras vazias.
Outro prejuízo está na disposição da lama no rio, que impede a entrada de luz solar e oxigenação da água, o que está fazendo que vários animais marinhos, como peixes, morram agonizados.
Após o desastre, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais informou que todas as atividades da Samarco Mineradora estão suspensas e a empresa não poderá operar até que repare os danos causados.
Pelo direito ambiental, quem polui é o encarregado de adotar os meios necessários para evitar a ocorrência do dano e também de reparar os danos. É o princípio do “poluidor-pagador”. A responsabilidade é apurada em três esferas diferentes: administrativa (multa), civil (indenizações) e penal (crimes). Só de multa, a Samarco deve pagar R$ 250 milhões.
Que bosta em
Ja nao sei o que esperar desse país e desse mundo. Cada dia que abro os noticiarios e conheço algumas pessoas, sinto que tudo esta perdido. Muito tristee saber que as especies endêmicas possam ter entrado em extinção
Sem palavras.
Meu Deus que tristeza
Jose Henrique olha q merda migo :/
:'(
🙁
:´(
Acho que isso não deve ser classificado como desastre ambiental ….e sim imprudência do ser humano
Foi um Crime ambiental mesmo
Lamentável
Triste demais !!!
Vai além de um crime ambiental.
Vontade de chorar!!
:'(
#redeglobo divulguem mais sobre Mariana e a dificuldade do povo e dos animais que sobraram de sobreviver.. .. chega de só Paris.
Vergonha Brasil. Falata de fiscalização e vergonha na cara. Querem retirar proveitos da mãe natureza a todo custo e sem qualquer segurança. Mais uma PIZZAAAAAAAAA. nada muda neste Brasil.
Sarah Deretti Natan Barnabé
Vinícius Diniz
Muito triste isso…..:(
Que tristeza….
🙁
Mateus Firmino
Que perda, triste!!!!
Meu amigo André Ruschi… Ora ora…Então estão te ouvindo? Mas se fez necessário o rompimento de barragens? O trem vai chegar forte por ai mesmo?
vai, estão ouvindo aos poucos….
Isabela Tavares
????????
Triste.
olha isso: Keyze Castro,Letícia Ortiz, Jovanderson Jackson,Frank Silva,Miguel Rocha.. =(
Mto triste
Tatiane Mary Gogola isso é uma “defaunacão”? E mesmo futuramente havendo um repovoamento do rio, sem essas espécies endêmicas, como ficará a biodiversidade?
Cassio Ferreira
Muito triste!!!
🙁
Realidade devastadora e triste , sera realmente que os culpados serão punidoso?.
)’:
Lamentável! Muito triste isso.
Denise Oliveira
Grande perda da biodiversidade de nossa fauna ;/
Muito triste
Nossa que destruição….muito triste!!
Carla Gheler Costa 🙁
Que horror isso.. nao pode ficar impune, o que falta no Brasil é impunidade !
Existe uma lista de espécies endêmicas da bacia do rio Doce? Onde é possível consultar? Ou as espécies endêmicas foram catalogadas para região?
Pqp como eles conseguem fazer isso…
Um terrivel estrago.
Giullia Alberton
🙁 muito triste tudo isso!!!!
Tristeza !
Luto
Triste ver os animais sofrerem os impactos da atividade humana 🙁 :/