Reprodução/Projeto Cão Guia de Cegos
Reprodução/Projeto Cão Guia de Cegos

Há mais de 12 anos, um projeto sem fins lucrativos treina cachorros em Brasília para torna-los aptos a serem guias de pessoas com deficiência visual. Denominado como Projeto Cão Guia de Cegos, o propósito cria labradores (Golden retriever) que desde o nascimento recebem treinamento para se tornarem guias. De acordo com Juliana Jobim Navarro, participante do projeto, quando o cão completa três meses, eles são encaminhados para uma família hospedeira. Essa família tem o objetivo de socializar o cão. “É uma das etapas mais importantes do treinamento. O cão precisa ter o maior número de experiências possíveis, todas que um deficiente visual possa passar no futuro, para que ele se acostume e não crie medos que possa prejudicar o trabalho futuramente. Nesse momento ele terá os primeiros treinamentos, para aprender horários de comer e fazer necessidades, não latir, ficar quieto e não pedir comida”, conta.

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Reprodução/Projeto Cão Guia de Cegos

Ainda de acordo com Juliana, o cão volta para o canil depois de um ano da fase de socialização. Lá, ele recebe treinamento do Corpo de Bombeiros do DF, que é habilitado para ensinar cachorros a serem guias. “Com o cão pronto, há uma seleção dos cegos cadastrados no projeto. Os requisitos principais para se candidatar é ter mais do que 18 anos, uma vida ativa, condições para cuidar do cão e ter um nível bom de mobilidade. Mas é preciso lembrar que cada cão possui características diferentes que devem ser analisadas para serem compatíveis com o deficiente visual. Assim, é feito um processo seletivo dentre os candidatos para ver os melhores perfis adequado aos cães que temos disponíveis”.

O projeto foi criado em 2001 pela primeira dama na época, Weslian Roriz, como parte da ONG Integra, também de Brasília. Atualmente, ele faz parte da Associação Brasileira de Ações Humanitárias (ABA) e é coordenado e gerido por alguns voluntários. “Não temos hoje nenhum apoio financeiro fixo de qualquer setor. Vivemos um mês de cada vez, fazendo campanhas para arrecadar dinheiro por meio de doações de pessoas físicas e venda de camisetas, cartões e canecas. Para o projeto manter suas atividades no nível adequado, seria necessário no mínimo uns 25mil por mês, hoje em dia vamos nos mantendo arrecadando entorno de 2 à 3 mil reais por mês para todas as contas”, ressalva Juliana.

Para saber mais sobre o projeto e realizar possíveis doações, visite a página oficial do Projeto Cão Guia Cegos.

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