Vídeo mostra o que acontece quando estalamos os dedos

Um estudo recente, divulgado na revista científica Plos One, usou a tecnologia da ressonância magnética para descobrir o que acontece dentro das articulações quando nós estalamos os dedos. Foi observado, pela primeira vez,  que uma cavidade é formada rapidamente entre as juntas, resultando no som característico de quando dedos são estalados.

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Alberta, foi apelidada de “puxe o meu dedo” e consistia em o filmar o que acontece na ressonância no momento em que o dedo era puxado. Para Greg Kawchuk, principal autor do estudo, foi possível ver muito claramente o que acontece entre as articulações.

No trabalho, os autores perceberam que o estalo e a separação da articulação foram associados com uma rápida criação de uma cavidade cheia de gás dentro do fluido sinovial, uma substância que lubrifica as articulações. Para concluir isso, eles usaram uma “cobaia”, o quiroprático Jerome Fryer, que também auxiliou na pesquisa.

Os dedos de Fryer foram inseridos um a um em um tubo conectado a um cabo, o qual foi lentamente puxado até que as articulações fossem estaladas. A ressonância magnética capturou em tempo real todo o processo em vídeo, o que durou menos que 310 milésimos de segundo.

“É quase como se um vácuo se formasse. Como as superfícies das articulações se separam de repente, uma cavidade é criada e isso é o que se associa ao som” explicou Kawchuk.

Veja um vídeo que simula a descoberta abaixo, em inglês:

Com as conclusões inciais, os pesquisadores acreditam que a habilidade para estalar dedos pode estar relacionada à saúde das articulações, sendo este um dos fatores de algumas pessoas não conseguirem estalar todos os dedos. Agora, o próximo passo dos cientistas é tentar entender os benefícios terapêuticos ou prejudiciais de estalar as articulações.

“Nós podemos usar essa nova descoberta para ver quando os problemas de articulações surgem, o que acontece antes de os sintomas aparecerem. Isso poderia dar a pacientes e clínicos a possibilidade de abordar problemas comuns nas juntas antes de eles começarem”