Uma ação bio-sustentável para a construção de casas que se iniciou no exterior começou a ganhar espaço no Brasil. Recentemente, um pedreiro de Extrema, Minas Gerais, resolveu adotar o método da construção de casas com garrafas pet.
Revelado por uma reportagem do G1, o pedreiro Ed Mauro Aparecido Morbidelli contou que ao todo foram usadas mais de 10 mil garrafas pet na estrutura do imóvel. Quanto ao custo, a casa saiu por menos de R$ 15 mil.
Apesar de, à distância, a casa parecer como uma tradicional que estamos acostumados a ver, quando nos aproximamos do imóvel é possível observar, no lugar de tijolos, círculos coloridos das garrafas que geralmente usamos para armazenar refrigerantes. Além das garrafas cheias de terra, ele usou cimento e areia.
O pedreiro garante que as paredes são tão firmes quanto as feitas com tijolos e que a casa resiste às ações do tempo. “Isso aqui é um tijolo, quase 8 kg cada garrafa cheia”, explica.
Com a ajuda de amigos, Morbidelli construiu a casa em um terreno na zona rural da cidade. Foram dois anos de obras e para completar ainda falta o acabamento, que ele vai executando aos poucos. O pedreiro nunca tinha feito nada assim e conseguiu aprender sobre a técnica na internet.
Pioneirismo
Há 14 anos, a artesã boliviana Ingrid Vaca Diez inovou ao desenvolver um projeto intitulado Casas de Botellas (Casas de Garrafas), que tem como objetivo construir casas com garrafas PET. A inciativa, que hoje é mais comum em diversas partes do mundo, foi considerada como pioneira na época.
A criação surgiu a partir da vontade de ajudar família de baixa renda que ainda não tinham moradia em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Leia mais sobre o projeto de Ingrid clicando aqui.
Isadora Ximenes veja aii
Anderson Valle