Pesquisadores identificaram uma nova espécie de aranha, endêmica de regiões da América do Sul, capaz de planar entre as árvores. Segundo um estudo publicado no periódico científico The Royal Society Interface, as aranhas Selenop banksi podem orientar sua trajetória graças ao formato do seu corpo. Esta é a primeira vez que este tipo de comportamento em aranhas é documentado.

(Foto: reprodução/The Royal Society Interface)

“Não existem aranhas com asas. Aranhas não podem voar”, confirmou o líder da pesquisa, Steve Yanoviak, da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos. “Estas aranhas representam uma impressionante aventura evolucionária na conquista do ar pelos animais.”

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Para os pesquisadores da espécie, a aranha-planadora adquiriu essa habilidade por habitar os troncos de árvores, locais mais seguros do que o solo para o animal. Dessa forma, ao cair de uma árvore, essas aranhas conseguem controlar sua trajetória planando para chegar a outro tronco em vez de ir no chão.

(Foto: reprodução/BBC/The Royal Society – Steve Yanoviak)

POSTURA
Essas aranhas têm um corpo achatado, com uma espessura equivalente à de uma moeda. Para comprovarem a teoria que essas aranhas são realmente capazes de planar, cientistas usaram 59 espécimes em uma experiência no estilo “lançamento de aranha”. Do total, 93% foram capazes de planar e controlar seu voo e 86% aparentemente estabeleceram uma trajetória direta até o local onde pousaram.

Para isso, logo após serem jogadas de uma altura entre 20 e 25 metros, estas aranhas assumiram uma postura corporal característica, virando seu corpo para cima com grande agilidade e planando na direção apontada por suas cabeças.

(Foto: reprodução/BBC/The Royal Society – Steve Yanoviak)

Para controlar sua trajetória, essas aranhas usaram suas pernas dianteiras. Caso quisessem ir para a direita, mudavam o ângulo de sua perna dianteira esquerda, por exemplo.

“A forma como elas mudam a posição do seu corpo em pleno ar e controlam sua trajetória apontam para novos mecanismos de movimentos corporais que podem ser relevantes para a robótica”, ressalvaram os pesquisadores.

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