Vermelho, azul, verde, violeta e… Invisível. As safiras-do-mar tem sido descritas como um dos animais mais bonitos do mundo por conta de uma habilidade peculiar: mesmo quando você as vê, elas podem desaparecer em um instante ficando “invisíveis” (veja o vídeo abaixo). Mas como elas fazem isso?

(Foto: C.Sardet/CNRS/Tara Oceans)

Este minúsculo crustáceo, um copépode invertebrado, é conhecido como internacionalmente como Sapphirina. Pertencente a espécie ‘Sapphirina nigromaculata’ (Claus, 1863), os machos possuem uma variedade de cores que os dão uma beleza excepcional, misturada a um brilho que o rende, justamente, o apelido de safira-do-mar.

A habilidade de ficar “invisível” tem ligação, justamente, com essas multicores dos machos da espécie (as fêmeas são todas translúcidas). Na sua parte traseira, estes animais tem camadas de cristais de guanina hexagonais e citoplasma, que refletem são capazes de refletir a luz. Cada espécie de safira brilha de uma forma diferente, indo desde o ouro até o azul. A cor é determinada pela distância entre os cristais e o ângulo em que a luz os atinge.

Safira-do-mar
(Foto: reprodução/YouTube)

Uma reportagem do portal New Scientist abordou a habilidade do animal, expondo que no caso das safiras-do-mar azuis, por exemplo, a distância entre as camadas microscópicas estão separadas por apenas cerca de 4/10.000 avos de um mililitro – o que praticamente corresponde ao comprimento de onda de luz azul.

O ângulo da luz que atinge a safira também afeta a cor e o deixa realizar seu ato de desaparecimento. Para as espécies no vídeo, por exemplo, a inclinação do animal de 45 graus faz com que a luz refletida “escorregue” no espectro ultravioleta, fazendo que a safira se torne invisível para nossos olhos.

(Foto: Stefan Siebert/deepseanews)

Outra característica é que os machos nadam em espirais, provavelmente para mostrar as suas matizes brilhantes para parceiras em potencial, disse Lia Addadi, do Instituto de Ciência Weizmann, em Rehovot, Israel, em entrevista ao NS.

“Uma questão intrigante que ainda permanece é se as diferenças na cor são genéticas e cada macho nasce com uma cor definida, ou se eles podem controlar a cor refletida na sua parte traseira”, diz Addadi.

Um estudo sobre a habilidade deste animais foi divulgado em junho deste ano, no Journal of the American Chemical Society.

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