Casos de adoção no reino animal são vistos constantemente em diversos locais do mundo. Mas um estudo da Universidade de Guelph, no Canadá, descobriu que esquilos levam casos de adoção mais a sério do que se parece.

imagem ilustrativa/divulgação

A pesquisa do professor Andrew McAdam, junto com outros pesquisadores da Universidade de Alberta e McGill, revelou em uma publicação na Nature Communications que os esquilos vermelhos adotam filhotes que perderam suas mães. A descoberta é importante porque, embora tais adoções sejam típicas entre espécies que vivem em grupos familiares, são muito raras entre os animais isolados e territoriais, como os esquilos.

Contudo, o caso também constatou que os esquilos têm limites para o altruísmo. Eles adotam somente os órfãos da mesma família, e mesmo assim é raro de acontecer. Durante duas décadas, a equipe de pesquisadores registrou apenas cinco casos de adoção.

Um dos pesquisadores identificou 34 casos de possível adoção em 20 anos. A adoção só é possível quando a mãe morre e a mãe adotiva está amamentando. O grau de relacionamento, para os esquilos, desempenha um papel importantíssimo na decisão de adoção. Nos cinco casos de adoção analisadas pelos pesquisadores, os filhotes eram sobrinhos, irmãos ou netos da mãe adotiva.

Como esses animais raramente interagem, eles aprendem quais dos seus vizinhos são parentes por um único sinal. Se eles não conseguem ouvir o chamado de um parente próximo durante alguns dias, podem investigar o território. “Nós suspeitamos que, se encontrarem filhotes no território, os esquilos lembram que esse vizinho era um parente e levam os filhotes para seu ninho. Isso seria um comportamento bastante inteligente para um esquilo”, diz McAdam a Nature Communications.

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