Mark W. Moffet

Se você pensava que só os humanos eram capazes de se auto-explodirem por determinado ideal, como os homens bomba, pensou errado. O ecólogo Mark Moffet, em seu livro Adventures Among Ants (Aventura Entre Formigas, em tradução livre), falou a respeito, entre outros assuntos, sobre as formigas que cometem suicídio para protegerem o resto do formigueiro. O ato é cometido através de uma espécie de explosão interna ou externa do corpo, que libera uma secreção pegajosa que prende o possível predador.

Wikimedia Commons

A espécie que Moffet aborda é a Camponotus saundersi, onde estão as formigas carpinteiras, também conhecidas como formigas indígenas e encontradas em diversos lugares do mundo. As trabalhadoras desta espécie possuem glândulas mandibulares alargadas que se estendem por todo o corpo da formiga. Quando ameaçadas, elas podem liberar o seu conteúdo suicida, rompendo assim o corpo da formiga e pulverizando a substância tóxica pela cabeça. A produção da cola estaria nesta mandíbula alargada que as trabalhadoras possuem.

O caso de suicídio para proteger o grupo é conhecido internacionalmente como autothysis e não é comum apenas às formigas. A espécie de cupins Globitermes sulphureus tem um sistema defensivo semelhante. Em ambas as espécies, o material pegajoso é liberado próximo ao pescoço.

CUPINS

Veja um caso de autothysis sendo realizado por cupins da espécie Neocapritermes taracua, que possuem uma habilidade semelhante as das formigas.

 

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