O bambu compõe cerca de 99% da dieta de um urso panda, mas como um animal que em média pode pesar  até 150 quilos sobrevive com uma alimentação onde a ingestão de nutrientes é baixíssima?

(Foto/Reprodução: REUTERS/China Daily/Files)

Cientistas concluíram que que o metabolismo destes animais é extremamente lento, ou seja, a queima de energia provinda dos alimentos acontece muito devagar. Um panda de 90 quilos, por exemplo, queima menos da metade da energia que um ser humano do mesmo peso.

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Os pandas possuem baixos níveis de hormônios da tireoide, provavelmente devido a uma mutação em um gene chamado DUOX2 envolvido na síntese desses hormônios, e essa provavelmente é a chave para o metabolismo lento do animal.

Os pesquisadores também descobriram que além de se alimentar com mais ou menos 23 kg de bambu diariamente, os ursos panda passam metade do seu dia descansando, e se movimentam em média 20 metros por hora em vida livre. Esses são alguns dos apontamentos feitos pelo  biólogo Fuwen Wei, da Academia Chinesa de Ciências em Beijing, que conduziu o estudo sobre a dieta dos pandas publicado recentemente no The Journal Science.

Outros fatores biológicos também ajudam na economia de energia desses mamíferos. Segundo Wei, o cérebro, os rins, e o fígado dos pandas é relativamente menor em comparação aos de outras espécies de ursos.

“O tamanho reduzido dos órgãos, provavelmente contribui para que a demanda de energia seja baixa “, disse o pesquisador em entrevista ao site Reuters.

Os pandas correm sério risco de extinção, e  é a única das oito espécies de ursos do mundo, com uma dieta vegetariana. Atualmente existem apenas cerca de 1800 pandas gigantes na natureza, de acordo com o World Wildlife Fund, organização que leva o animal como principal símbolo.

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